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Escritos sobre a autora

Força estranha – música de Caetano Veloso, interpretada por Gal Costa

“Maria Helena, temerária, você não temeu o risco dos lugares tão distantes das salas da academia. Ao contrário, você foi ao encontro deles. E foi a partir deles que se armou a sua visão crítica da psicologia moderna. (…) Uma teoria nova há de nascer no coração da encruzilhada, pois é esse ponto vital e perigoso que a imaginação popular elege para dispor suas flores, acender suas velas e despachar para o incerto futuro os objetos pobres e sagrados da sua liturgia de medos e necessidades”.

Ecléa Bosi

Mais do que autora constantemente referenciada em pesquisas e publicações em Psicologia e Educação, há um conjunto de escritos especificamente sobre Maria Helena Souza Patto. Nesta aba, estão reunidas as principais publicações que trazem Maria Helena como foco, em especial o Dossiê dedicado a ela, por ocasião de sua aposentadoria no Instituto de Psicologia da USP.

A lista está organizada com as referências completas e link para acesso, partindo do mais recente ao mais antigo, dando destaque a uma citação de cada.

Publicações:
"desde  os  escritos e  aulas mais  antigos, Maria Helena Souza Patto carrega uma sólida trajetória de pesquisadora e professora engajada no compromisso com a transformação social radical, com vistas à dignidade humana e à igualdade social. Sua obra sustenta análises radicais da história da psicologia e da educação no Brasil, cuja atualidade brutal reforça que ela figure como referência básica na formação em tais áreas. Nela, há palpáveis lições de rebeldia" (VIÉGAS, 2023, p. 71)

VIÉGAS, L. de S. Lições de rebeldia: o materialismo histórico-dialético na obra de Maria Helena Souza Patto. Germinal: marxismo e educação em debate[S. l.], v. 15, n. 1, p. 53–74, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.9771/gmed.v15i1.51748


VIÉGAS, Lygia de Sousa; COSTA, Jackson Barbosa da; MACHADO, Adriana Marcondes. (Re)lendo Bourdieu a partir da obra de Maria Helena Souza Patto. Educar em Revista, v. 38, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1984-0411.85840

"A leitura do conjunto de escritos de Patto que referenciam Pierre Bourdieu, realizada neste artigo, anuncia uma pensadora vivaz, que se movimenta sem perder o rigor. Como resultado, tem-se uma composição autoral, na qual Maria Helena dialoga criticamente com a abordagem do pensador francês, pondo-a em articulação com o estudo criterioso da realidade brasileira. Com isso, ela tece apontamentos instigantes ao passo em que se vale de construtos do autor para inspirar a criação de caminhos teóricos e metodológicos em suas pesquisas" (VIÉGAS, COSTA & MACHADO, 2022, p. 17). 

"Um 'bando irascível' de intelectuais intransigentes em seus princípios, convocado por Maria Helena Patto, sai do conforto da crítica acadêmica para ajudá-la a se manifestar publicamente sobre os 'males' da própria ciência, rompendo o corporativismo e a tolerância acadêmica. Dessa forma, transforma algo problemático - um crime - em acontecimento/problematizante, com carga inovadora" (SAWAIA, 2015, p. 125).

SAWAIA, Bader Burihan. A apropriação/transformação do estado atual da prática e da formação em psicologia: contra a miséria da psicologia. Psicologia USP [online]. 2015, v. 26, n. 1, pp. 125-128. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-6564R20140002


MACIEL, Marcelo de Abreu. Leituras rebeldes: a presença de Maria Helena Souza Patto na História da Psicologia e da Educação. Mnemosine Vol.8, nº2, p. 331-336, 2012. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/mnemosine/article/view/41570

"Numa época em que muitos dos estudos educacionais se transformaram em mera análise de protocolos que são aplicados e analisados por gestores da educação, o trabalho da professora Maria Helena Souza Patto desvenda um campo de tramas políticas, históricas e de poder, na qual o sistema educacional se constitui. Portanto, dialogar com seu trabalho é continuar estabelecendo uma possibilidade de fazer leituras rebeldes tanto na História da Psicologia quanto na Educação" (MACIEL, 2012, p. 335).

Dossiê em homenagem a Maria Helena Souza Patto: 

LOFFREDO, Ana Maria. Editorial. Psicologia USP [online]. 2011, v. 22, n. 3, pp. 492. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-65642011000300001.

"Os trabalhos presentes no dossiê em sua homenagem expressam, a partir de perspectivas diversas, o compromisso ético-político que sempre almejou como inspiração maior de seu percurso como docente e pesquisadora" (LOFFREDO, 2011, p. 492).

"os escritos de Maria Helena Souza Patto são dotados de uma atualidade que o passar do tempo não destrói. O vigor de seus textos se sustenta em uma rigorosa, contundente, fundamentada e radical - no sentido de ir à raiz, como ela sempre gosta de lembrar - crítica ao uso político, cínico e ideológico de algumas teorias psicológicas" (CROCHIK & KUPFER, 2011, p. 493).

CROCHIK, José Leon e KUPFER, Maria Cristina. Apresentação do dossiê em homenagem a Maria Helena Souza Patto. Psicologia USP [online]. 2011, v. 22, n. 3, pp. 493-497. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-65642011000300002.


RAMOS, Conrado. A indignação dialética: paixão e resistência em Maria Helena Souza Patto. Psicologia USP [online]. 2011, v. 22, n. 3, pp. 499-528. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-65642011005000019

" a razão pela qual escrevo este trabalho não é movida somente pela admiração e pela homenagem à autora sobre a qual ele fala, mas também, e talvez principalmente, pela esperança de que sua crítica, que tem lume próprio, reacenda os caminhos de novos psicólogos em formação" (RAMOS, 2011, p. 501).

"A partir da interlocução com a Maria Helena, aprendi também a manter a capacidade de me indignar diante de situações que desrespeitam a dignidade humana e ferem os direitos das pessoas e de parcelas inteiras da população" (CRUZ, 2011, p. 546). 

CRUZ, Silvia Helena Vieira. Maria Helena Patto, minha orientadora. Psicologia USP [online]. 2011, v. 22, n. 3, pp. 529-550. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-65642011005000026.


BASSANI, Elizabete e PINEL, Hiran. Notas sobre a contribuição da obra de Maria Helena Souza Patto em um Programa de Pós-Graduação em Educação. Psicologia USP [online]. 2011, v. 22, n. 3, pp. 551-568. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-65642011005000018.

"resistir às políticas e aos discursos que patologizam os problemas de aprendizagem é a tônica da obra de Maria Helena Souza Patto e ela produz a possibilidade de sempre estarmos questionando o real contexto do ensino nas escolas públicas brasileiras" (BASSANI & PINEL, 2011, p. 562).

"por que a obra tem caminhado para se configurar como um ‘clássico’? Onde reside sua força para romper com essa tendência dominante de diluir o impacto de pesquisas acadêmicas reduzindo-as a meros procedimentos para a obtenção de títulos e ascensão na carreira universitária? Como pode perdurar sua capacidade iluminadora em meio a um contexto tão marcadamente cambiante, como o que caracteriza as políticas de educação nos últimos vinte anos?" (CARVALHO, 2011, p. 570)

CARVALHO, José Sérgio F. de A produção do fracasso escolar: a trajetória de um clássico. Psicologia USP [online]. 2011, v. 22, n. 3, pp. 569-578. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-65642011005000023.


COIMBRA, Cecília Maria Bouças. Práticas de estranhamento, indignação e resistência. Psicologia USP [online]. 2011, v. 22, n. 3, pp. 579-586. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-65642011005000024.  

"Maria Helena Souza Patto, através de sua importante obra, sua fundamental contribuição à psicologia e à educação, tem nos alertado para algumas artimanhas desses tempos 'ferozes e sombrios do capitalismo atual'" (COIMBRA, 2011, p. 583).

"para a autora, à distância de fundamentalismos econômicos, religiosos e ódios étnicos, pensar a educação formadora humanista constitui uma barreira contra a violência e é prática anti-dogmática de hospitalidade e amizade" (MATOS, 2011, p. 590).

MATOS, Olgária. O direito à humanidade. Psicologia USP [online]. 2011, v. 22, n. 3, pp. 587-591. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-65642011000300008.


SANTOS, Leandro Alves Rodrigues dos. M. H.S. Patto. Mutações do cativeiro: Escritos de psicologia e política. São Paulo, SP: Hacker/Edusp, 2000. Estilos clin.,  São Paulo,  v. 6, n. 11, p. 152-158,   2001 .   Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282001000200015&lng=pt&nrm=iso

"Maria Helena Souza Patto está de volta! E com seu estilo característico: contundente, instigante e, em certos momentos, absolutamente corrosivo. E, se é pela via do estilo que um autor captura o leitor, certamente os escritos de Patto confirmam essa hipótese, pois seus livros são - para além de uma literatura científica, fruto de pesquisas acadêmicas - também um testemunho vivo e indignado de uma profissional que não se conforma passivamente com a situação atual da psicologia, ciência que ainda mantém práticas reprodutivas, tanto de teorias quanto de técnicas, importadas de outros contextos e muitas vezes pouco afinadas com nossa realidade sociocultural". (SANTOS, 2001, P. 152)
Homenageada:

Maria Helena Souza Patto. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 2008, v. 28, n. 1, pp. 220. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1414-98932008000100017.


Maria Helena, em 2011